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Então chegamos aos vinte e poucos anos e com isso vem àquela visão adulta que estraga com tudo. Quem leu os livros já deve ter percebidos essas falhas na sociedade bruxa de J.K. Rowling, mas pra quem não percebeu ou simplesmente quer matar a saudade, aqui vai à matéria escrita por Donna Dickens.

Estamos estourando a tampa desse regime totalitário. Depois de descascar as camadas dessa maravilha de infância, será meio chato ser um feiticeiro.

1. Feiticeiros vivem numa sociedade de castas.
Desde o topo Sangue Puro, até o burguês Meio-Sangue, até a classe trabalhadora dos Nascidos-Trouxas, até o quase não reconhecido Meia-Raça, banidos Abortos, criaturas com quase inteligência humana e o elfo doméstico com trabalho escravo. Nenhuma habilidade, charme ou popularidade irá mudar como um ser é visto nessa sociedade de feiticeiros. Enquanto nós vemos Harry, Ron e Hermione, seus amigos vêem Sangue Puro (ou Meio Sangue para os extremistas), Sangue Puro e Nascido-Trouxa.

2. O governo controla tudo.
O Ministério da Magia seria mais adequadamente chamado de Ministério do OLHANDO SEMPRE OLHANDO. Desde os bancos (via burocracia no Banco Gringotes) até as escolas e a aplicação da lei e jornalismo, o Ministério controla todo aspecto da vida de feiticeiro de jeitos óbvios e sutis. Sem imprensa livre ou mercado livre, os bruxos e bruxas têm que confiar que o ministério benevolente está jogando limpo.

3. E eles nomeiam oficiais sem eleições públicas.
Quem vota no Ministério da Magia? Como que o corpo governante do mundo feiticeiro é escolhido? Por que não existem limites de termo? Tem algum chapéu seletor burocrático por aí? O corpo legislativo está em dívida com a chapelaria antiga? Escuta, isso não é base para um sistema de governo.

4. Feiticeiros e bruxas são ativamente mantidos ignorantes.
O curriculum de Hogwarts requer cinco anos de Poções e Herbologia, mas não oferece uma aula de economia, matemática, ciência, ou cívica, deixando os formandos despreparados para a maioria das profissões que são inconvenientemente distribuídas para eles durante o teste patrocinado pelo governo. Isso mantém a comunidade insular, sem jeito dos jovens escaparem para a sociedade Trouxa.

5. O que quer dizer que todo mundo trabalha para o governo.
Crianças feiticeiras têm poucas opções de carreiras para aspirar ao brincar de faz-de-conta. Empregos lucrativos parecem ser desproporcionalmente controlados pelo governo: Auror, aplicação da lei, jornalista, professor, burocrata. A maioria desses vão para os Sangue-Puros e os favorecidos Meio Sangues, deixando o resto para virar motoristas de ônibus/trem, donos de lojas, curadores ou faxineiros. As exceções maiores, como a sociedade Trouxa, são aqueles que se tornam celebridades, ou atores ou estrela de Quadribol.

6. Suas afiliações políticas afetam suas taxas de pagamento.
Apesar de ser Sangue Puro e possuir um emprego que paga bem como o chefe do escritório de Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas, a família de Arthur Weasley se esforça pagar as contas. Podem até falar que ter sete filhos complicaria até para aquele com um salário robusto, mas o fendo uma opinião forte sobre a igualdade e uma disposição amigável em relação aos Trouxas fez com que seu bônus anual fosse baixo.

7. A falta de economia funcional limita a mobilidade social.
Não que a renda da família Weasley deveria ser tão importante. Em uma cultura onde os bens e serviços diários são produzidos por magia ou resultam em trabalho escravo, uma economia funcional é virtualmente inexistente. Sim eles têm cofres de banco cheio de ouro e moedas chiques para pagar os materiais escolares e o Butterbeer para manter as massas ocupadas, mas a menos que eles estejam investindo no mercado dos Trouxas, eles poderiam muito bem estar pagando com dinheiro do Banco Imobiliário.

8. O governo espiona nos seus cidadões, mantém registros.
No escritório do professor McGonagall, a caneta de pena mágica escreve o nome de cada mago e bruxa quando eles nasceram. Já que a escola é do Ministério da Magia, o governo tem registro de cada membro da população desde o momento de nascimento, independentemente do local ou descendência. Melhor para coagir os membros rebeldes de volta para mandar cartas de admissão de Hogwarts.

9. A xenofobia de Trouxas é galopante.
Com medo dos Trouxas e de suas tecnologias estrangeiras para o tratamento benigno deles como outros seres exóticos, o isolamento auto-imposto criou séculos de informação errada, tanto grande quanto pequena. Até os amigáveis com as Trouxas possuem uma desconfiança saudável deles como um todo; o velho, “Ah, mas você não é como o resto deles. Você é como a gente!” castanha.

10. Azkaban é usada para ameaçar a população feiticeira.
Qual sistema de prisão ativamente antagoniza criminosos perigosos e tentam torturá-los até o ponto de insanidade? Dementadores, carrascos com uma cadeia misteriosamente vaga de comando, não fazem nada, porém causam suas cargas para viver em um inferno literal, supostamente por terem cometido crimes graves. No entanto, muitas pessoas têm usado maldições que deveriam ter terminado com eles em Azkaban, mas não acabaram. Então os feiticeiros implicitamente entendem que é um lugar para mandar as pessoas que cruzaram o governo sem julgamento.

11. E a propaganda assustadora é a norma.
Tudo isso culmina em uma sociedade totalitária que usa coerção, ignorância, lavagem cerebral, informação errada, isolamento e recondicionamento para provocar um senso de comunidade e orgulho nacional. Basicamente, eles são a Coréia do Norte com varinhas.

Fonte: BuzzFeed.

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