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A coisa mais impressionante a respeito de uma fênix, como Harry descobre enquanto espera no escritório de Alvo Dumbledore, é que periodicamente – a cada quinhentos anos, mais ou menos – esse pássaro lendário pega fogo, é reduzido a cinzas e renasce dessas cinzas.
  Na mitologia da antiga Grécia e Egito esse ciclo de morte e renascimento pelo fogo era associado ao ciclo do sol, que “morria” toda noite, mergulhando o mundo na escuridão, e nascia de novo no dia seguinte. Durante a Idade Média, a fênix passou a fazer parte do simbolismo cristão, representando a morte, a ressurreição e a vida eterna. Hoje, é usada como metáfora para uma recuperação após uma fase ruim. Quando alguém supera uma derrota ou se recupera de uma tragédia terrível, dizemos que essa pessoa “se ergueu das cinzas”. A fênix também faz parte, de uma forma um pouco diferente, da mitologia chinesa, onde foi, durante séculos, um símbolo de poder, integridade, lealdade, honestidade e justiça.


  Os escritores clássicos da Grécia e de Roma contam que só havia uma fênix no mundo. Ela vivia na Arábia, perto de uma nascente de água fresca onde se banhava todas as manhãs e entoava uma canção encantadora. “Parte de sua plumagem é dourada, e a outra parte é vermelha, e ela se parece muito com uma águia tanto na forma quanto no tamanho”, escreveu o historiador grego Heródoto, que fazia uma pequena ressalva, dizendo: “E nunca vi o animal, exceto em desenhos.” A fênix alimentava-se de olíbano, canela e mirra. Quando sentia que seu fim estava próximo, juntava os galhos e cascas dessas plantas aromáticas e construía um último ninho – alguns o chamavam de pira funerária – no alto de uma palmeira ou de um carvalho. Lá, ela batia suas asas bem rápido até pegar fogo e, então era reduzida a um monte de cinzas, de onde surgia uma nova fênix, inteiramente reconstruída. Depois de ganhar força e testar suas asas, a nova fênix juntava as cinzas do seu antigo eu, colocava-as dentro de um ovo feito de mirra e o levava para o Templo do Sol, em Heliópolis, no Egito, onde eu colocava no altar do deus-sol, Rá. A fênix estava, então, livre para voltar para a Arábia e começar outros quinhentos anos de vida.
  Apesar de Fawkes, a fênix de Dumbledore, se parecer com o lendário pássaro da mitologia clássica, ela possui algumas características da fênix chinesa. É o passaro chinês, com as garras projetadas e as asas abertas, que geralmente é representado atacando cobras * tais como o basilisco * . Apesar de não haver precedentes históricos para a habilidade de Fawkes de curar feridas com suas lágrimas ou dar poder a varinhas mágicas com as penas de seu rabo, suspeitamos que ainda há muito para se descobrir sobre esse pássaro notável.

v     Câmara Secreta 12.


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