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Apesar da palavra “trasgo” ser usada na maior parte do tempo para descrever um monstro, características bastante específicas distinguem os trasgos dos outros seres que surgem à noite. Os trasgos são criaturas sobrenaturais extremamente feias que habitam os frios países da Escandinávia, no norte da Europa. São seres ferozes e malvados que gostam de carne humana e de tesouros roubados; eles também são gigantescos, extremamente fortes e notoriamente ignorantes. Mas talvez essas características possam ser perdoadas, pelo menos por alguns instantes, quando lembramos que foi graças a um trasgo montanhês de quase quatro metros de altura que Harry, Rony e Hermione se tornaram amigos tão depressa.

Há registros de trasgos vivendo nas florestas e montanhas da Escandinávia desde que os homens foram para essa região pela primeira vez, no final da era glacial. Eles fazem parte dos primeiros mitos e lendas populares da Noruega e da Suécia. Além do tamanho gigantesco, as características mais evidentes do trasgo são seus longos narizes curvados, sua grossa calda, seus enormes pés chatos, a falta de um ou mais dedos nas mãos e nos pés (eles têm apenas três ou quatro) e a grande quantidade de pêlos e musgo que cobre suas cabeças e narizes. Há também relatos de trasgos com apenas um olho no meio da testa enrugada, outros com duas ou três cabeças e outros, ainda, que têm árvores crescendo em seus narizes. Nas lendas populares mais recentes, os trasgos passaram a ser descritos como sendo muito pequenos, ou do tamanho de seres humanos, e mais inteligentes que seus predecessores.

Os trasgos vivem em comunidades no fundo de cavernas, em montanhas ou em colinas. Alguns também vivem no subsolo, ou sob pedras ou árvores com raízes altas. A preferência por lugares subterrâneos é perfeitamente compreensível, já que eles odeiam barulho e a exposição ao sol os transforma em pedra, ou pode até mesmo fazê-los explodir. Dizem que as pedras de formatos estranhos que enfeitam o interior da Escandinávia são trasgos que ignoraram o toque de recolher.

As residências dos trasgos são descritas como suntuosos palácios resplandecentes repletos de tesouros roubados. Muito ambiciosos, os trasgos furtam todo o ouro e prata que encontram. Eles cobiçam não apenas os tesouros humanos como também os próprios humanos. Raptam crianças, substituindo-as por seus próprios filhos, na esperança de que sejam criados como humanos. Diz a lenda que se uma mãe suspeitar que seu bebê é, na verdade, um trasgo, ela deve ameaçar jogar a criança em uma fogueira. Acredita-se que a tola mãe trasgo correrá para socorrer o filho e é nesse momento que a mãe humana pode recuperar seu bebê. No entanto, esse aborrecimento pode ser evitado se a criança for batizada, já que os trasgos desprezam o cristianismo (a badalada dos sinos de igrejas basta para fazê-los correr na direção oposta).

Infelizmente, esperteza e sinos de igreja nem sempre são suficientes para proteger as pessoas dos trasgos, que possuem poderes mágicos imbatíveis. Além de poderem mudar de forma, eles conseguem ficar invisíveis. Esses talentos os ajudam a roubar e a esconder tesouros, o que eles costumam fazer transformando ouro em algo completamente diferente, como um monte de pedras. Os humanos que cruzam o caminho de um trasgo e não conseguem escapar têm um destino terrível: são aprisionados, escravizados ou, o pior de tudo, comidos. Os trasgos gostam muito de carne e sangue humanos e tudo que resta de suas pobres vitimas são esqueletos roídos.

Há poucos relatos de trasgos benevolentes que presenteiam as famílias de que gostam com riquezas e sorte. Esses trasgos são artesãos habilidosos a ágeis ferreiros que fabricam espadas, facas e braceletes notáveis. Eles usam o conhecimento da magia e das ervas para curar doenças e gostam muito de musica e dança. Entretanto, dada a grande possibilidade de se encontrar o tipo de trasgo que come carne humana, se vocês estiver em uma floresta especialmente trolsk (“fantasmagórica”, em norueguês), recomenda-se que você flykte (“saia correndo!”, em norueguês).

v Pedra Filosofal, 10.

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  1. Anônimo says:
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